EUA, 2022. 2h19min. Classifica\u00e7\u00e3o Indicativa: 14 anos. Dire\u00e7\u00e3o:<\/strong> Dan Kwan, Daniel Scheinert. Roteiro:<\/strong> Dan Kwan, Daniel Scheinert. Elenco:<\/strong> Michelle Yeoh (Evelyn Wang), Stephanie Hsu (Joy Wang\/Jobu Tupaki), Ke Huy Quan (Waymond Wang), James Hong (Gong Gong), Jamie Lee Curtis (Deirdre Beaubeirdre), Tallie Medel (Becky Sregor), Jenny Slate (Debbie the Dog Mom), Harry Shum Jr. (Chad), Randy Newman (voz de Raccacoonie), Biff Wiff (Rick), Sunita Mani (TV Musical \u2013 Queen), Aaron Lazar (TV Musical \u2013 Soldier), Brian Le (Alpha Jumper \u2013 Trophy), Andy Le (Alpha Jumper – Bigger Trophy).<\/p>\n Um filme sem p\u00e9 nem cabe\u00e7a. Uma ruptura interdimensional bagun\u00e7a a realidade e uma inesperada hero\u00edna precisa usar seus novos poderes para lutar contra os perigos bizarros do multiverso.<\/p>\n Uma sobrecarregada imigrante de meia-idade chinesa, Evelyn Wang (Michelle Yeoh, de O Tigre e o Drag\u00e3o<\/strong>, 2000) que com sua lavanderia \u00e0 beira do fracasso e seu casamento com o marido (Ke Huy Quan, o garoto chin\u00eas de Indiana Jones e o Templo da Perdi\u00e7\u00e3o<\/strong>, 1984 e Os Goonies<\/strong>, 1985) covarde em ru\u00ednas, ela luta para lidar com tudo, incluindo um relacionamento ruim com seu pai cr\u00edtico (James Hong, de Os Aventureiros do Bairro Proibido<\/strong>, 1986) e sua filha l\u00e9sbica, Joy (Stephanie Hsu) e uma reuni\u00e3o complicada com Deirdre (Jamie Lee Curtis, de Halloween: A Noite do Terror<\/strong>, 1978), a auditora burocrata da Receita Federal.<\/p>\n Conhecidos como \u201cDaniels\u201d, os diretores criam uma alegoria cinematogr\u00e1fica para dramas humanos onde pessoas aprenderam a saltar para suas diferentes vers\u00f5es, e que todos esses universos est\u00e3o sendo amea\u00e7ados pela vil\u00e3 Jobu Tupaki. Cada m\u00ednima decis\u00e3o cria universos paralelos.<\/p>\n O filme gera uma reflex\u00e3o com a qual \u00e9 f\u00e1cil se identificar: como teria sido minha vida caso tivesse tomado decis\u00f5es diferentes? O roteiro \u00e9 permeado por essa discuss\u00e3o, que come\u00e7a sutil, mas cresce no decorrer da trama. Tudo muito confuso e, por vezes, rid\u00edculo (como na cena das m\u00e3os com dedos de salsicha).<\/p>\n A falta de raz\u00e3o combina com a tem\u00e1tica do filme, que repetidamente se volta para a pergunta: qual \u00e9 o sentido de tudo isso? O conceito de multiverso \u00e9 mostrado atrav\u00e9s de di\u00e1logos, elementos rotineiros, ideias absurdas, jogos de c\u00e2mera, vis\u00f5es de outras realidades, muitas lutas, tudo pontuado por uma edi\u00e7\u00e3o fren\u00e9tica, o que gera uma obra ca\u00f3tica.<\/p>\n Sem pressa (o filme tem longos 2h19min), o filme \u00e9 dividido em tr\u00eas partes e toma seu tempo para que o espectador saiba exatamente de que perspectiva interpretar cada segmento sem ficar perdido, o que muitas vezes n\u00e3o acontece, pois alguns universos s\u00e3o mais sem sentido do que outros (como o da rosquinha).<\/p>\n \u00d3timos atores, mas no geral uma obra insuport\u00e1vel.<\/p>\n![\"\"](\"http:\/\/www.loucademiadecinema.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/06\/everything-everywhere-all-at-once-621da21bcca32.jpg\")
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