Críticas │ Apocalypse Now (1979)

Apocalypse Now (1979)Apocalypse Now

EUA, 1979. 2h27min. Classificação Indicativa: 18 anos. Direção: Francis Ford Coppola. Roteiro: John Milius, Francis Ford Coppola; (baseado na obra “Heart of Darkness” (O Coração das Trevas) de) Joseph Conrad; (narração de) Michael Herr. Elenco: Marlon Brando (Colonel Walter E. Kurtz), Martin Sheen (Captain Benjamin L. Willard), Robert Duvall (Lieutenant Colonel Bill Kilgore), Frederic Forrest (Jay ‘Chef’ Hicks), Sam Bottoms (Lance B. Johnson), Laurence Fishburne (Tyrone ‘Clean’ Miller), Albert Hall (Chief Phillips), Harrison Ford (Colonel Lucas), Dennis Hopper (Photojournalist), G.D. Spradlin (General R. Corman), Jerry Ziesmer (Jerry, Civilian), Scott Glenn (Lieutenant Richard M. Colby).

Obra de Arte premiada com a Palma de Ouro em Cannes e Oscar de Melhor Fotografia (de Vittorio Storaro, o mesmo de 1900 (Novecento, 1976) de Bernardo Bertolucci). Como os próprios Estados Unidos (no Vietnã), o diretor Francis Ford Coppola envolveu-se numa guerra particular debaixo de terríveis pressões (o filme custou 30 milhões de dólares).

O personagem central, capitão Benjamin L. Willard (um esforçado Martin Sheen, que, na época, substituiu Harvey Keitel), é tão bem construído ajudado por uma narração ‘off’. A fita pretende ser uma viagem – literal e metaforicamente – até a loucura. Com a missão de matar o coronel Walter E. Kurtz (Marlon Brando), o capitão Willard se encontra face a face com o horror moral da guerra.

Na verdade, Willard e Kurtz são aspectos diferentes do mesmo homem. Willard acaba se tornando um Kurtz (com o cérebro racional, mas a alma enlouquecida). A ideia de viagem é vista por Coppola também como uma ‘trip’ alucinógena, com cenas progressivamente surrealistas.

A mais discutida delas é a do megalomaníaco oficial (Robert Duvall), que ataca uma aldeia ao som de Richard Wagner, só para poder ver seus subordinados praticarem surf (!).

De qualquer forma, o filme se sustenta até quando Willard finalmente encontra Kurtz (Coppola fez vários finais e escolheu o mais otimista). Marlon Brando (careca e gordo), murmura solilóquios sobre o horror e declama trechos de T.S. Elliot. Apesar de suas ambições, o filme é uma extraordinária loucura de um cineasta muito talentoso. Perturbador.

Divirta-se!

Fontes: IMDb, Zoetrope Studios, United Artists, Paramount Pictures, Paramount Home Video, Paramount Home Entertainment, Miramax, RCA VideoDiscs, Condor Filmes, Buena Vista Home Entertainment (Brazil), CIC Vídeo, StudioCanal, Vídeo News Filmes vol. V.