Críticas │ A Mosca (1986)

A Mosca (1986) – The Fly

EUA/CAN, 1986. 1h36min. Classificação Indicativa: 14 anos. Direção: David Cronenberg. Roteiro: Charles Edward Pogue, David Cronenberg; (da história de) George Langelaan. Elenco: Jeff Goldblum (Seth Brundle), Geena Davis (Veronica Quaife), John Getz (Stathis Borans), Joy Boushel (Tawny), Leslie Carlson (Dr. Cheevers (como Les Carlson)), George Chuvalo (Marky), Michael Copeman (2nd Man in Bar), David Cronenberg (Gynecologist), Carol Lazare (Nurse), Shawn Hewitt (Clerk).

Um cientista começa se transformar numa gigante mosca, depois que um de seus experimentos termina numa catástrofe. Refilmagem de A Mosca da Cabeça Branca (The Fly, 1958), um filme B dos anos 50 estrelado por Vincent Price e Patricia Owens. Seth Brundle (um excelente Jeff Goldblum) é um brilhante cientista que inventa uma máquina de teletransporte capaz de desintegrar as partículas de objetos inanimados e reintegrá-las em outra cabine. Sua invenção mudará o rumo da ciência moderna.

A experiência é acompanhada pela jornalista Veronica Quaife (Geena Davis), que resolve documentar o avanço de Brundle. O próximo passo é tentar teletransportar seres vivos, algo que consegue com sucesso, apenas depois de virar do avesso um babuíno durante o processo.

Certa noite, atacado por uma crise de ciúmes, Brundle resolve fazer o experimento em si mesmo, após o sucesso com outro de seus babuínos cobaia. Só que junto com Brundle entra uma mosca na cabine. O computador durante o processo realiza uma recombinação genética entre eles e gradativamente Brundle vai se transformando em um híbrido entre humano e inseto, o “Brundlemosca”, como o computador batiza.

No início, Brundle começa a se sentir mais ágil, forte, disposto e as mudanças físicas ficam no crescimento de repulsivos pelos duros em seu corpo e manchas em seu rosto, enquanto pedaços do corpo que se tornam inúteis como cabelos, unhas, orelhas e dentes vão caindo gradativamente (a fantástica maquiagem ganhadora do Oscar foram criadas por Chris Walas).

Tudo complica mais ainda quando Veronica descobre que está grávida de Seth e quer desesperadamente abortar a criança, com medo de que ela tenha alguma característica genética do pai.

A degradação tanto física quanto o desnudamento psicológico do personagem é simplesmente sensacional. Aos poucos você vê Seth tornando-se cada vez mais hiperativo, entupindo-se de açúcar e perdendo completamente seu controle emocional, e graças a alguns tiques nervosos com os olhos e rápidos movimentos do rosto e membros, sua transformação em uma mosca humana fica completamente crível.

O filme foi um tremendo sucesso comercial (custou US$ 15.000.000 e rendeu, só nos EUA e CAN, US$ 40.456.565), fato este que gerou uma boa continuação dirigida pelo responsável da espetacular maquiagem, Chris Walas: A Mosca 2 (The Fly II, 1989).

Divirta-se!

Fontes: IMDb, SLM Production Group, Brooksfilms, Province of British Columbia Production Services Tax Credit, Twentieth Century Fox, CBS/Fox, 20th Century Fox Home Entertainment, Abril Vídeo.

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Pôster │ A Mosca (1958, 1959, 1965, 1986, 1989): Clique aqui!