Críticas │ Oppenheimer (2023)

Oppenheimer (2023)Oppenheimer

EUA/GBR, 2023. 3h. Classificação Indicativa: 16 anos. Direção: Christopher Nolan. Roteiro: Christopher Nolan; (baseado no livro de) Kai Bird, Martin Sherwin. Elenco: Cillian Murphy (J. Robert Oppenheimer), Emily Blunt (Kitty Oppenheimer), Robert Downey Jr. (Lewis Strauss), Alden Ehrenreich (Senate Aide), Scott Grimes (Counsel), Jason Clarke (Roger Robb), Kurt Koehler (Thomas Morgan), Tony Goldwyn (Gordon Gray), John Gowans (Ward Evans), Macon Blair (Lloyd Garrison), James D’Arcy (Patrick Blackett), Kenneth Branagh (Niels Bohr), Harry Groener  (Senator McGee), Gregory Jbara (Chairman Magnuson), Ted King (Senator Bartlett), Tim DeKay (Senator Pastore).

Biografia de J. Robert Oppenheimer, baseado em ‘O Triunfo e a Tragédia do Prometeu Americano’ (2005), vivido por Cillian Murphy em uma performance excelente (assim como todo o elenco). O físico, uma das figuras mais polêmicas e contraditórias do século XX, foi de um jovem com carreira promissora no campo da física quântica e seus questionamentos sobre as estrelas, a “pai da bomba atômica”.

Motivado por dilemas morais e pessoais de ver seu campo de estudos subvertido e transformado em arma pelos nazistas, ele se torna o diretor do programa norte-americano para o desenvolvimento das bombas nucleares (o coronel Leslie Groves (Matt Damon) lhe pede para montar um grupo de cientistas para um projeto secreto, de nome Projeto Manhattan, que visava a criação de uma bomba nuclear).

Não se vê aqui um louvor à figura de Oppenheimer e nem da bomba, mas a demonstração do que ele, suas ideias e suas realizações representaram para a nação que era os Estados Unidos naquele momento da História.

Neste ínterim, entretanto, a Alemanha se rende após a morte de Adolf Hitler, deixando como derradeiro alvo do projeto o Japão, único país do Eixo que ainda resistia (Hiroshima e Nagasaki foram bombardeadas, mas o filme apenas cita, nada é mostrado).

O diretor Christopher Nolan opta por uma linguagem mais simples, não complexa e nem rebuscada (o roteiro é um pouco confuso e picotado demais), em favor de extensas cenas de diálogos rápidos e densos (muitas vezes enfadonhos, o que torna o filme longo e cansativo) que exploram da moralidade questionável de Oppenheimer em sua vida pessoal às implicações políticas e morais do desenvolvimento das bombas.

O resultado é um estudo sobre nosso poder autodestrutivo, que deveria ser estudado nas nossas escolas e faculdades.

Divirta-se!

Fontes: IMDb, Universal Pictures, Universal Pictures International (UPI), Atlas Entertainment, Gadget Films, Syncopy.