Críticas │ Barbie (2023)

Barbie (2023)Barbie

EUA/GBR, 2023. 1h54min. Classificação Indicativa: 12 anos. Direção: Greta Gerwig. Roteiro: Greta Gerwig, Noah Baumbach. Elenco: Margot Robbie (Barbie), Issa Rae (Barbie), Kate McKinnon (Barbie), Alexandra Shipp (Barbie), Emma Mackey (Barbie), Hari Nef (Barbie), Sharon Rooney (Barbie), Ana Cruz Kayne (Barbie), Ritu Arya (Barbie), Dua Lipa (Barbie), Nicola Coughlan (Barbie), Emerald Fennell (Midge), Ryan Gosling (Ken), Simu Liu (Ken), Kingsley Ben-Adir (Ken), Ncuti Gatwa (Ken), Scott Evans (Ken), John Cena (Ken), Michael Cera (Allan), America Ferrera (Gloria), Ariana Greenblatt (Sasha), Rhea Perlman (Ruth), Helen Mirren (Narrator (voz)), Will Ferrell (Mattel CEO), Connor Swindells (Aaron Dinkins).

É difícil achar quem nunca tenha ao menos ouvido falar na boneca que foi lançada em 1959, criada por Ruth Handler, e, desde então, ganhou centenas de versões, profissões, roupas e acessórios, lançada pela companhia de brinquedos Mattel Inc.

Esta é a versão live-action de Barbie, a boneca mais famosa do mundo, estrelada por Margot Robbie (O Lobo de Wall Street (The Wolf of Wall Street, 2013)) e Ryan Gosling (Blade Runner 2049 (Blade Runner 2049, 2017)), e dirigida por Greta Gerwig (Lady Bird: A Hora de Voar (Lady Bird, 2017)). Viver na Terra da Barbie, a Barbielândia, é ser um ser perfeito em um lugar perfeito. A menos que você tenha uma crise existencial completa (ou que você seja um Ken). Barbie sofre uma crise que a leva a questionar seu mundo e sua existência (o filme já começa genial com uma referência a 2001: Uma Odisséia no Espaço (2001: A Space Odyssey, 1968)).

A história aqui trata da interação entre dois mundos, o perfeito e o real, tanto em seu aspecto estético quanto em seu aspecto ideológico, uma aventura de amadurecimento, com comentários inteligentes sobre a dinâmica entre homens e mulheres ao longo dos tempos, fala sobre escolhas e mudanças, uma excelente crítica social; e o roteiro não vai poupar opiniões, julgamentos e louvores ao impacto e às ideias que a famosa boneca trouxe para gerações de meninas, uma espécie de manual com tópicos básicos de como dar voz a mulheres contra a hipocrisia de uma sociedade patriarcal sustentada pelo consumo.

O roteiro acompanha a Barbie Estereotípica (Margot Robbie), que vive em um lugar perfeito (com cenários propositalmente artificiais), na companhia de amigas perfeitas (as outras Barbies), fazendo coisas divertidas e imersa na certeza de que a sua invenção fez bem para meninas no mundo real. No entanto, começam a acontecer mudanças de comportamento que a levam a uma inevitável crise existencial. Assim, ela embarca em uma jornada incrível de descobertas sobre si, sobre o mundo ao qual pertence e, acima de tudo, sobre o mundo onde foi criada para servir de exemplo e faturar milhões.

Margot Robbie é a melhor encarnação possível para a Barbie clássica (e Ryan Gosling está perfeito como Ken), e podemos agradecer a ela por ter adquirido os direitos de adaptação da personagem por meio da sua produtora, a LuckyChap Entertainment, e produzido o filme junto da Warner.

Assista ao filme com amigas, namoradas, esposas, filhas, sobrinhas. Leia, ouça e assista influenciadoras mulheres sobre o filme. Há uma perspectiva diferente que vai mesmo atingir o público feminino de uma forma diferente.

Divirta-se!

Fontes: IMDb, Warner Bros., Warner Bros. Pictures, Heyday Films, LuckyChap Entertainment, NBGG Pictures, Mattel Films.