Críticas │ Labirinto, a Magia do Tempo (1986)

Labirinto, a Magia do Tempo (1986) Labyrinth

EUA/UK, 1986. 1h41min. Classificação Indicativa: 10 anos. Direção: Jim Henson. Roteiro: Terry Jones (história de Dennis Lee, Jim Henson). Elenco: David Bowie (Jareth), Jennifer Connelly (Sarah), Toby Froud (Toby), Shelley Thompson (Stepmother), Christopher Malcolm (Father), Natalie Finland (Fairy), Shari Weiser (Hoggle), Brian Henson (Hoggle/Goblin (voz)), Ron Mueck (Ludo/Firey 2/Goblin (voz)), Rob Mills (Ludo/Firey 3), David Goelz (Didymus/The Hat/The Four Guards/Left Door Knocker/Firey 3 (voz)), David Alan Barclay (Didymus/Firey 1), David Shaughnessy (Didymus/The Hat/The Four Guards/Goblin (voz)), Karen Prell (The Worm/The Junk Lady/Firey 2), Timothy Bateson (The Worm/The Four Guards/Goblin (voz)).

Adolescente infeliz (Jennifer Connelly) é transportada para um mundo fantástico para evitar que seu meio-irmão vire um duende. Para isso, tem que enfrentar o rei deles, Jareth (David Bowie), atravessando um labirinto cheio de perigos.

Foi injusta a baixa bilheteria na época de seu lançamento este filme interessantíssimo (hoje uma obra-prima) escrito por Terry Jones (do grupo Monty Python), produzido por George Lucas (da saga Guerra nas Estrelas ‘Star Wars’), e dirigido pelo criador dos Muppets, Jim Henson (1936-1990), que, infelizmente, morreria cedo, levando mais adiante suas experiências com bonecos contracenando com atores, iniciado com O Cristal Encantado (The Dark Crystal, 1982).

Com elaboradíssimos cenários e figurinos, dezenas de bonecos de todos os tipos e efeitos visuais criativos, é mesmo uma proeza técnica (ainda mais pelos padrões de hoje, quando tudo é resolvido na base de efeitos digitais gerados por computador (CGI)).

Mas, o filme tem um lado amargo, pessimista, no início com uma protagonista que em um primeiro momento parece antipática e egoísta, e com um roteiro que admite sua inspiração em várias fontes: O Mágico de Oz (The Wizard of Oz, 1939), A Bela e a Fera (Beauty and the Beast, 1991), Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland, 1951), e até Branca de Neve e os Sete Anões (Snow White and the Seven Dwarfs, 1937).

O cantor David Bowie, que aparece com uma enorme peruca espetada e que também é muito bom ator e tem presença e carisma, foi uma ótima escolha para o vilão Jareth, e também muito feliz na parte musical (suas canções são bastante inspiradas: a balada ‘As World Falls Down’ tornou-se um de seus maiores sucessos comerciais).

Há momentos brilhantes de criação, principalmente um fosso formado por mãos (que desenham caras e seguram a garota), uma discussão com maçanetas falantes, um subterrâneo onde as paredes têm rostos, as escadas invertidas no final. Também ajuda bastante a ainda bem jovem e já bela e encantadora Jennifer Connelly, que em 2002 ganharia o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por Uma Mente Brilhante (A Beautiful Mind, 2001).

O bebê é feito pelo filho do desenhista de produção, o artista gráfico Brian Froud. Hoje, o filme se tornou um cult oitentista e pode ser visto como um exercício de virtuosismo técnico.

Divirta-se!

Fontes: IMDb, Lucasfilm (apresenta), Henson Associates (HA) (apresenta), The Jim Henson Company, Delphi V Productions, Henson Organisation (feito por), TriStar Pictures, Fathom Events, Columbia TriStar Home Video, Disney Channel, Image Entertainment, Jim Henson Home Entertainment, Editora Europa, Mundial Filmes, Sony Pictures Home Entertainment, Guia de DVD 2006, Vídeo News Filmes vol. XI.