Críticas │ X: A Marca da Morte (2022)

X: A Marca da Morte (2022)X

EUA/CAN, 2022. 1h45 min. Classificação Indicativa: 18 anos. Direção: Ti West. Roteiro: Ti West. Elenco: Mia Goth (Maxine/Pearl), Jenna Ortega (Lorraine), Brittany Snow (Bobby-Lynne), Kid Cudi (Jackson (como Scott Mescudi)), Martin Henderson (Wayne), Owen Campbell (RJ), Stephen Ure (Howard), James Gaylyn (Sheriff Dentler), Simon Prast (Televangelist), Geoff Dolan (Deputy (como Geoffrey Dolan)), Matthew J. Saville (Officer Mitchell (como Matthew Saville)), Bryony Skillington (Store Clerk).

Na década de 70, um grupo de jovens cineastas se propõe a fazer um filme adulto na zona rural do Texas, mas quando seus solitários e idosos anfitriões os pegam em flagrante, o elenco se vê lutando por suas vidas.

Situado em 1979, bem na passagem dos filmes pornô feitos em película, para serem assistidos diretamente em home-vídeo, no conforto de suas casas, atores de filmes adultos e uma pequena equipe de filmagem chegam a uma casa de fazenda ocupada por um casal de idosos no interior do Texas para filmar um filme pornográfico. À medida que o dia muda para a noite, os visitantes percebem lentamente que não estão seguros e estão sendo alvo de um inimigo próximo.

Elogiado terror autêntico do diretor Ti West, trajando como referência o cinema do revolucionário e subversivo diretor Tobe Hooper (1943–2017). West focou nos dois primeiros filmes de Hooper que receberam apelo comercial, sendo eles O Massacre da Serra Elétrica (The Texas Chain Saw Massacre, 1974) e o estilizado Devorado Vivo (Eaten Alive, 1976). O primeiro, é sobre uma breve viagem de amigos que teve um desfecho brutal e, no segundo, trazia uma trama em que um velho dono de um hotel de estrada matava os possíveis hóspedes e servia de alimento para o crocodilo de estimação.

Dialogando com o momento atual em que o slasher tem sido trabalhado de maneira independente e original, Ti West se jogou para o final da década de 70, fase em que o subgênero se consolidava, ao mesmo tempo em que era censurado pela exibição de violência, moralismo e o consumo pornô saía da restrição para, então, aproveitar a chegada das fitas VHS (Video Home System).

Tudo isso costurado a um argumento divertido e atual em uma estética fascinante, que só melhora com a jogada da edição oferecendo no meio de uma cena, segundos da próxima e voltando para o mesmo ponto. O filme tem uma prequel já a caminho: Pearl (2022). Muito interessante, tem tudo para virar cult.

Para quem gosta de Filmes de Terror Cult, recomendo:

O Massacre da Serra Elétrica (The Texas Chain Saw Massacre, 1974), de Tobe Hooper, com Marilyn Burns, Allen Danziger, Paul A. Partain.

Rejeitados pelo Diabo (The Devil’s Rejects, 2005), de Rob Zombie, com Sid Haig, Bill Moseley, Sheri Moon Zombie.

A Morte do Demônio (The Evil Dead, 1981), de Sam Raimi, com Bruce Campbell, Ellen Sandweiss, Richard DeManincor.

Divirta-se!

Fontes: IMDb, A24, BRON Studios, MAD SOLAR, PlayArte Filmes.