Críticas │ Gozos Atômicos (1982)

Gozos Atômicos (1982) Café Flesh

EUA, 1982. 1h14min. Classificação Indicativa: 18 anos. Direção: Stephen Sayadian (como Rinse Dream), Mark S. Esposito. Roteiro: Jerry Stahl (como Herbert W. Day), Stephen Sayadian (como Rinse Dream). Elenco: Andy Nichols (Max Melodramatic (como Andrew Nichols)), Paul McGibboney (Nick), Michelle Bauer (Lana (como Pia Snow)), Marie Sharp (Angel), Tantala Ray (Moms (como Darcy Nychols)), Joey Lennon, Neil Podorecki, Dennis Edwards (The Enforcer (como Robert Dennis)), Kevin James (Johnny Rico (como Kevin Jay)), Dondi Bastone (Spike), Paul Berthell (Mr. Joy (como Pez D. Spencer)), Hilly Waters (Ace), Autumn True (Vamp #1), Elizabeth Anastasia (Vamp #2), Polly Ester (Enforcer #2).

Após a hecatombe nuclear, os sobreviventes humanos são classificados segundo o tipo de sua libido: os “sexopositivos”, apenas um por cento da população, são capazes de copular normalmente; os “sexonegativos”, o restante 99%, limitam-se ao voyeurismo.

Para estes, a tentativa de envolvimento carnal equivaleria a uma sentença de morte. Passam as noites no Café Flesh, onde os “positivos” se exibem e se completam (eles vão ao Café Flesh para ver os positivos que são forçados a atuar no palco para os negativos).

Lana é uma positiva que todos pensam ser negativa e ela deve decidir se confessará (ou não) e irá expor seu segredo [o clube foi surpreendido com a notícia da chegada do famoso “sexopositivo” Johnny Rico, enquanto um dos negativos começa a questionar seu status enquanto ela, Lana (Pia Snow), e seu namorado se distanciam cada vez mais].

A primeira apresentação no palco da casa de arte erótica é de um homem vestido de rato; depois, em um ambiente semelhante a um escritório tem-se um homem vestido de lápis; tem-se a cena de lesbianismo [o apresentador sempre é Andrew Nichols de O Diabo na Carne de Miss Jones 3 (Devil in Miss Jones 3, 1986) e Terapia Sexual (Doctor Penetration, 1986)]; o homem com máscara de telefone; Marie Sharp e Kevin James na cama, depois com Pia Snow.

Talvez o mais provocador filme pornô dos últimos tempos (pode ser visto como metáfora de doenças sexuais, em um futuro sombrio, desesperançoso, em uma sociedade repressiva, uma comunidade degradante e atormentada, pós-apocalipse, visão pessimista do futuro [a entrada do Café Flesh é uma porta enorme de um cofre de banco]).

Não fosse o abundante sexo explícito, poderia ser exibido como Filme de Arte, pois possui excelente fotografia, cenografia (cenários todos estilizados) e direção de arte (a atmosfera do clube é o mais sombrio possível) excepcionais, ótimos movimentos de câmera e ótimos enquadramentos, a produção é muito boa, bem como a música, montagem (edição) dramática.

O diretor, que trabalha aqui sob evidente pseudônimo, parece não ter feito carreira expressiva. Mas, deixou esta pequena obra-prima. Muito artístico.

Indicado para públicos mais exigentes.

As cenas são entre os atores:

Cena 1. Terri Copeland, Starbuck

Cena 2. Becky Savage, guy

Cena 3. 2 brun

Cena 4. Pia Snow

Cena 5. Marie Sharp, guy, Starbuck

Cena 6. Marie Sharp, Kevin James

Cena 7. Marie Sharp, Pia Snow

Cena 8. Pia Snow, Kevin James

Para quem gosta de bons clássicos, recomendo:

Invasion of the Love Drones (1977), de Jerome Hamlin (como The Sensory Man), com Eric Edwards, Joann Sterling, Arlana Blue, Lorraine Alraune, Viveca Ash, Michelle Magazine.

Let My Puppets Come (1976), de Gerard Damiano, com Luis De Jesus, David W. Beames, Bradford Craig, Gerard Damiano, Jonathan Freeman, Al Goldstein.

Maraschino Cherry (1978), de Radley Metzger (como Henry Paris), com Gloria Leonard, Lesllie Bovee, Annette Haven, Constance Money, C.J. Laing, Jenny Baxter, Wade Nichols, Susan McBain, Alan Marlow, Eric Edwards.

Divirta-se!

Fontes: IMDb, iafd.com, Onyx Vídeo, VCA Pictures, Carribbean Films, Guia Completo de Filmes para TV e Vídeo, 1990, Nova Cultural.