Críticas │ A Freira (2018)

A Freira (2018)The Nun

EUA, 2018. 1h36min. Classificação Indicativa: 16 anos. Direção: Corin Hardy. Roteiro: Gary Dauberman (história de James Wan, Gary Dauberman). Elenco: Taissa Farmiga (Sister Irene), Demián Bichir (Father Burke), Jonas Bloquet (Frenchie), Bonnie Aarons (Demon Nun/Valak), Ingrid Bisu (Sister Oana), Charlotte Hope (Sister Victoria), Sandra Teles (Sister Ruth), August Maturo/Jack Falk (Daniel), Lynnette Gaza (Mother Superior), Gabrielle Downey (The Abbess), Tudor Munteanu (Grigore), Lili Bordán ([waitress] Marta), Sandra Rosko (Captured Nun), Mark Steger (The Duke).

Mais um exemplar de qualidade da cinessérie Invocação do Mal/[Annabelle]/The Conjuring (o quinto da franquia; iniciado pelo malásio James Wan, das séries ‘Jogos Mortais’ e ‘Sobrenatural’).

Este A Freira (The Nun, 2018) é um spin-off (filme derivativo) de Invocação do Mal 2 (The Conjuring 2, 2016), com a mesma antagonista: a assustadora “Freira Demoníaca Valak”, interpretada pela atriz Bonnie Aarons [a freira Valak também teve uma ligeira participação em Annabelle 2: A Criação do Mal (Annabelle: Creation, 2017), mostrada em uma foto pela Irmã Charlotte (Stephanie Sigman); e um dos nomes deste demônio é “O Marquês de Cobras”, fato esse que explica a possessão no final do filme].

Mas, normalmente, toda a série é relacionada em torno dos investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren, papéis de Patrick Wilson e Vera Farmiga, respectivamente (aqui, a correspondência se dá através de flashback, no comecinho e no finalzinho da projeção).

A franquia de sucesso é formada por (lançamento oficial nos cinemas): Invocação do Mal (The Conjuring, 2013), de James Wan; Annabelle (Annabelle, 2014), de John R. Leonetti; Invocação do Mal 2 (The Conjuring 2, 2016), também de James Wan; Annabelle 2: A Criação do Mal (Annabelle: Creation, 2017), de David F. Sandberg; A Freira (The Nun, 2018), de Corin Hardy, Annabelle 3: De Volta Para Casa (Annabelle Comes Home, 2019), de Gary Dauberman.

Após o suicídio de uma freira por enforcamento, em uma abadia na inóspita Romênia, o Vaticano envia o padre Burke (o ator mexicano Demián Bichir) para investigar o ocorrido (o filme se passa antes dos eventos do primeiro Invocação do Mal (The Conjuring, 2013) e de Annabelle 2: A Criação do Mal (Annabelle: Creation, 2017), tornando-o, cronologicamente, o primeiro filme da série).

[Cronologicamente, teríamos: A Freira (The Nun, 2018), em 1952; Annabelle 2: A Criação do Mal (Annabelle: Creation, 2017), em 1955 (flashback de 1943); Annabelle (Annabelle, 2014), em 1970; Invocação do Mal (The Conjuring, 2013), em 1971; Invocação do Mal 2 (The Conjuring 2, 2016), em 1977; Annabelle 3: De Volta Para Casa (Annabelle Comes Home, 2019)].

Ele recebe a ajuda de uma noviça, Irmã Irene (Taissa Farmiga; irmã [verdadeira] mais nova de Vera Farmiga, estrela da franquia), que ainda não fez seus votos para tornar-se freira; e de um aldeão, Frenchie (Jonas Bloquet), que é o responsável pelo transporte dos alimentos das freiras até o convento (é ele quem encontra a freira suicida enforcada).

Mas, o lugar é mal-assombrado por uma forte força demoníaca (a aldeia próxima e seus camponeses possuem seus rituais e folclores contra a temível abadia).

No passado (Idade Média/Idade das Trevas), um duque, que era dono do castelo (onde localiza-se esta comunidade monástica cristã), fazia rituais profanos de bruxaria invocando uma grande força do mal. Então, os cavaleiros do Vaticano, vencem a entidade do mal (literalmente com o sangue de Jesus Cristo), e selam a passagem do demônio para sempre. Assim, o castelo torna-se um mosteiro, um lugar religioso.

Contudo, com os bombardeios da Segunda Guerra Mundial, o antigo castelo é atingido e a força do mal escapa (local que, agora, é a abadia onde as freiras fazem suas orações e seus votos de silêncio).

Portanto, esta força demoníaca toma a forma de uma Freira Diabólica (Valak) e tenta escapar do castelo. Mas, o padre, a noviça e o camponês tentam impedi-la.

O filme tem boa produção (filmado em Bucareste, Romênia; para um orçamento de $22 milhões de dólares, já rendeu, mundialmente, $131,000,000; e a franquia (também chamado ‘The Conjuring Universe’), já totaliza impressionantes US$ 1.334.451.001 bilhão à Warner Bros.), boa direção (boa movimentação de câmera), bom clima de suspense (bom sustos, várias assombrações [mas, sem sangue ou violência em excessos]), bom ritmo narrativo, boa fotografia, os atores funcionam nas interpretações de seus personagens, boa trilha sonora, ótima direção de arte, bons figurinos, boa ambientação e reconstituição de época.

Algumas cenas se destacam, como por exemplo: o padre preso dentro do caixão; o embate entre a noviça (com o frasco contendo o sangue de Cristo) e “A Freira Demoníaca Valak”; algumas revelações no final (o padre sendo torturado pelo remorso de um exorcismo malsucedido em um garoto; as orações com as freiras; a visão da noviça que indica a entrada do “Portal do Demônio” e, consequentemente, o uso da chave enigmática, que estava na mão da freira suicida); etc. [o personagem Frenchie (Jonas Bloquet), além de ter uma importância grande na trama (no salvamento do padre e da protagonista; dá sentido à história (e a todo o ‘Universo Invocação do Mal’) no finalzinho do filme), também funciona como alívio cômico].

Enfim, se você não for muito exigente com o roteiro; e se você gostou dos demais exemplares da cinessérie Invocação do Mal/[Annabelle]/The Conjuring, também vai gostar deste.

Eficiente entretenimento de terror.

Se você gosta de filmes do subgênero Casas Mal-Assombradas com espíritos e demônios, recomendo os clássicos oitentistas:

Poltergeist: O Fenômeno (Poltergeist, 1982), de Tobe Hooper, produção de Steven Spielberg, estrelado por JoBeth Williams, Heather O’Rourke, Craig T. Nelson.

A Casa do Espanto (House, 1985), de Steve Miner, história de Fred Dekker, produção de Sean S. Cunningham, com William Katt, Kay Lenz, George Wendt.

Terror em Amityville (Amityville II: The Possession, 1982), de Damiano Damiani, roteiro de Tommy Lee Wallace, produção de Dino De Laurentiis, com Jack Magner, Burt Young, Rutanya Alda, Diane Franklin, James Olson.

Divirta-se!

Fontes: IMDb, Atomic Monster, New Line Cinema, The Safran Company, Warner Bros., Warner Bros. Pictures, Warner Bros. Pictures Brasil.

Veja também:

Trailer │ A Freira (2018): Clique aqui!

Críticas │ A Freira 2 (2023): Clique aqui!