Críticas │ Rocketman (2019)

Rocketman (2019) Rocketman

EUA/UK/CAN, 2019. 2h1min. Classificação Indicativa: 16 anos. Direção: Dexter Fletcher. Roteiro: Lee Hall. Elenco: Taron Egerton (Elton John), Jamie Bell (Bernie Taupin), Richard Madden (John Reid), Bryce Dallas Howard (Sheila), Gemma Jones (Ivy), Steven Mackintosh (Stanley), Tom Bennett (Fred), Matthew Illesley (Young Reggie), Kit Connor (Older Reggie), Charlie Rowe (Ray Williams), Peter O’Hanlon (Bobby), Ross Farrelly (Cyril), Evan Walsh (Elton Dean), Tate Donovan (Doug Weston), Sharmina Harrower (Heather).

Cinebiografia musical de Elton Hercules John (Taron Egerton), nascido Reginald Kenneth Dwight em Londres, 25 de março de 1947, que, juntamente com o letrista Bernie Taupin (Jamie Bell), parceiro de composições desde 1967, com mais de quarenta álbuns produzidos, em uma carreira de cinco décadas, tornou-se um dos músicos de maior sucesso no mundo.

O filme segue os primeiros dias de Elton John como um prodígio na Royal Academy of Music, em contrapartida, em flashback, com seus testemunhos de álcool, drogas e sexo nos relatos para os Alcoólicos Anônimos, e sua vida hedonista, baseada no prazer.

Como em Mamma Mia! O Filme (2008), o filme tem seu roteiro contado através das músicas do cantor, fato este que serve de fio condutor à narrativa, ou seja, as músicas, sucessos consagrados do artista, narram os acontecimentos das ações e motivações dos personagens.

Várias cenas são muito boas como: a mudança de nome para Elton John (John é de John Lennon dos Beatles, mas na realidade ele escolheu John porque era um fã do cantor Long John Baldry); a primeira apresentação na casa de espetáculos Troubadour; a cena da cabine telefônica onde ele revela ser homossexual para a mãe; a sequência da tentativa de suicídio na piscina (a tentativa de suicídio de Elton é retratada como a inspiração para a música Rocket Man, que foi de fato inspirado por cientistas da NASA); as aparições finais na terapia.

O filme também possui algumas ótimas liberdades poéticas como o público levitando na apresentação; a câmera rodando em torno do piano mostrando várias canções; também a câmera que sai de uma sequência e entra em outra sem utilizar os cortes; o encontro de Elton John adulto com Elton John criança no fundo da piscina.

Tudo isso pontuado pelas canções, sempre com seus figurinos espalhafatosos e óculos escuros coloridos (sua marca registrada), sua difícil relação com o pai, respeito à diversidade, e permeado pela excelente interpretação do ótimo ator Taron Egerton (da cinessérie ‘Kingsman’) com impressionante semelhança física e que canta com a própria voz no filme.

Em suma, apenas uma pessoa que queria ser amada.

Recomendo também as ótimas cinebiografias musicais:

Ray (Ray, 2004), de Taylor Hackford, com Jamie Foxx, Regina King, Kerry Washington.

The Doors (The Doors, 1991), de Oliver Stone, com Val Kilmer, Meg Ryan, Kyle MacLachlan.

Johnny & June (Walk the Line, 2005), de James Mangold, com Joaquin Phoenix, Reese Witherspoon, Ginnifer Goodwin.

Bohemian Rhapsody (Bohemian Rhapsody, 2018), de Bryan Singer, com Rami Malek, Lucy Boynton, Gwilym Lee.

Recomendo também as cinebiografias brasileiras:

2 Filhos de Francisco: A História de Zezé di Camargo & Luciano (2005), de Breno Silveira, com Ângelo Antônio, Dira Paes, Márcio Kieling.

Tim Maia (2014), de Mauro Lima, com Babu Santana, Robson Nunes, Alinne Moraes.

Gonzaga: De Pai pra Filho (2012), de Breno Silveira, com Adélio Lima, Chambinho do Acordeon, Land Vieira.

Somos Tão Jovens (2013), de Antonio Carlos da Fontoura, com Thiago Mendonça, Laila Zaid, Bruno Torres.

Elis (2016), de Hugo Prata, com Andréia Horta, Gustavo Machado, Caco Ciocler.

Cazuza: O Tempo Não Pára (2004), de Walter Carvalho, Sandra Werneck, com Daniel de Oliveira, Marieta Severo, Reginaldo Faria.

Divirta-se!

Fontes: IMDb, Marv Films, Marv Studios, New Republic Pictures, Paramount Pictures, Paramount Brasil, Pixoloid Studios, Rocket Pictures.