Críticas │ Aladdin (2019)

Aladdin (2019) Aladdin

EUA, 2019. 2h8min. Classificação Indicativa: 10 anos. Direção: Guy Ritchie. Roteiro: John August, Guy Ritchie (baseado no roteiro do desenho animado Aladdin (1992), de: Ron Clements, Ted Elliott, John Musker, Terry Rossio). Elenco: Mena Massoud (Aladdin), Will Smith (Genie), Naomi Scott (Jasmine), Marwan Kenzari (Jafar), Nasim Pedrad (Dalia), Billy Magnussen (Prince Anders), Numan Acar (Hakim), Kamil Lemieszewski (Ali’s Servant), Adam Collins (City Guard), Navid Negahban (Sultan), Priyanka Samra, Bern Collaço (Palace Guard), Joey Ansah (Jafar’s Guard), Hiten Patel (Haatim City Guard), Tuncay Gunes (Prince Ali’s Servant).

Versão live-action (termo utilizado para definir trabalhos que são realizados por atores reais, ao contrário das animações), de um dos grandes sucessos dos Estúdios Disney, o desenho animado Aladdin (1992).

Faz parte das adaptações feitas pelo estúdio do grande acervo de desenhos animados e filmes infantis, após o enorme sucesso de Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland, 2010). Aladdin (2019) custou $183 milhões de dólares e rendeu, no mundo todo, $449,850,077 milhões. Mais um sucesso para o conglomerado da Disney.

Várias animações também foram transcritas para o teatro, fazendo muito sucesso na Broadway. No cinema, os clássicos que foram adaptados são:

Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland, 2010) [adaptação do desenho animado Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland, 1951)], a continuação é Alice Através do Espelho (Alice Through the Looking Glass, 2016);

Oz: Mágico e Poderoso (Oz the Great and Powerful, 2013) [prólogo do filme O Mágico de Oz (The Wizard of Oz, 1939)];

Malévola (Maleficent, 2014) [adaptação do desenho animado A Bela Adormecida (Sleeping Beauty, 1959)], a continuação é Malévola: A Mestra do Mal (Maleficent: Mistress of Evil, 2019);

Cinderela (Cinderella, 2015) [adaptação do desenho animado Cinderela (Cinderella, 1950)];

Mogli, o Menino Lobo (The Jungle Book, 2016) [adaptação do desenho animado Mogli, o Menino Lobo (The Jungle Book, 1967)];

Meu Amigo, O Dragão (Pete’s Dragon, 2016) [adaptação do filme Meu Amigo, O Dragão (Pete’s Dragon, 1977)];

A Bela e a Fera (Beauty and the Beast, 2017) [adaptação do desenho animado A Bela e a Fera (Beauty and the Beast, 1991)];

Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível (Christopher Robin, 2018) [baseado no desenho animado As Aventuras do Ursinho Puff (The Many Adventures of Winnie the Pooh, 1977)];

O Quebra-Nozes e os Quatro Reinos (The Nutcracker and the Four Realms, 2018) [inspirado no segmento Nutcracker Suite de Fantasia (Fantasia, 1940)];

O Retorno de Mary Poppins (Mary Poppins Returns, 2018) [continuação de Mary Poppins (Mary Poppins, 1964)];

Dumbo (Dumbo, 2019) [adaptação do desenho animado Dumbo (1941)];

Aladdin (Aladdin, 2019) [adaptação do desenho animado Aladdin (1992)];

O Rei Leão (The Lion King, 2019) [adaptação do desenho animado O Rei Leão (The Lion King, 1994)];

Mulan (2020) [adaptação do desenho animado Mulan (1998)].

Aladdin (2019), baseado no conto árabe As Mil e Uma Noites, conta a história de Aladdin (Mena Massoud), um bom ladrão (ele é uma espécie de Robin Hood, que rouba dos ricos para dar aos pobres), que se apaixona pela princesa Jasmine (Naomi Scott). Quando ele tentar roubar a lâmpada mágica, a mando do vizir Jafar (Marwan Kenzari), acaba despertando o gênio (Will Smith), que lhe dá três desejos e o ajuda a conquistar o amor da bela princesa.

Várias cenas são dignas de destaque desta ótima adaptação (apesar de ser muito parecida com o desenho animado): a perseguição a Aladdin no começo do filme em Agrabah; a fuga da Caverna das Maravilhas; a canção “Friend Like Me” quando o gênio (Will Smith, em versão azulada) é solto; a grande e deslumbrante entrada no palácio; a dança de Aladdin para cortejar a princesa, com direito a um ‘salto mortal’; o voo no tapete voador de Aladdin com a princesa Jasmine cantando “Um Novo Mundo Inteiro”; o final quando o vizir é enganado.

O diretor Guy Ritchie escolheu Will Smith (primeiro filme da Disney de Will Smith) para ser o gênio (bem humorado, divertido e multifacetado), porque ele acreditava que Smith poderia dar uma performance tão boa quanto a de Robin Williams, no desenho animado. Deve-se notar que o físico altamente esculpido mostrado no filme foi criado usando CGI (duvidoso) e não é o físico real de Smith (o gênio começa e termina o filme contando o conto de fadas para seus filhos).

Alguns temas do filme são muito importantes, especialmente o empoderamento feminino representado pela princesa Jasmine.

O gênio e sua família vivem em um barco em forma de lâmpada. O barco representa o desejo de liberdade do gênio em ir a qualquer lugar que ele desejar, e sua forma representa sua residência anterior.

Os realizadores fizeram uma extensa seleção de elenco para encontrar atores da etnia correta para o filme, tendo um cenário árabe. No final, o elenco foi composto por atores de ascendência árabe / Oriente Médio / Ásia Central / Sul da Ásia:

  • Ator egípcio-canadense Mena Massoud (Aladdin)
  • Atriz anglo-indiana Naomi Scott (Jasmine)
  • Ator holandês-tunisiano Marwan Kenzari (Jafar)
  • Atores iraniano-americanos Navid Negahban (o sultão) e Nasim Pedrad (Dalia)
  • Ator turco-alemão Numan Acar (Hakim).

Os animais (muito bem feitos) também ajudam na condução da história: Abu, o macaco de Aladdin; Iago, a arara de Jafar; e Rajah, o Tigre de Jasmine.

Muito bem dirigido por Guy Ritchie (da cinessérie ‘Sherlock Holmes’ com Robert Downey Jr.), o filme tem uma produção luxuosa e efeitos especiais da Industrial Light & Magic, visual deslumbrante, fotografia estonteante, cheio de emoção e a produção acerta em recriar o original de maneira espetacular e criativa.

Divirta-se!

Fontes: IMDb, Walt Disney Pictures, Walt Disney Studios Motion Pictures, Walt Disney Studios, Walt Disney Studios BR, Lin Pictures, Marc Platt Productions.