Críticas │ Bohemian Rhapsody (2018)

Bohemian Rhapsody (2018) Bohemian Rhapsody

EUA/UK, 2018. 2h14min. Classificação Indicativa: 14 anos. Direção: Bryan Singer. Roteiro: Anthony McCarten (história de Anthony McCarten, Peter Morgan). Elenco: Rami Malek (Freddie Mercury), Lucy Boynton (Mary Austin), Gwilym Lee (Brian May), Ben Hardy (Roger Taylor), Joe Mazzello (John Deacon), Aidan Gillen (John Reid), Allen Leech (Paul Prenter), Tom Hollander (Jim Beach), Mike Myers (Ray Foster), Aaron McCusker (Jim Hutton), Meneka Das (Jer Bulsara), Ace Bhatti (Bomi Bulsara), Priya Blackburn (Kashmira Bulsara), Dermot Murphy (Bob Geldof), Dickie Beau (Kenny Everett).

Cinebiografia da famosa banda britânica de rock, Queen, especialmente de seu vocalista Freddie Mercury (em ótima interpretação de Rami Malek (Oscar 2019 de Melhor Ator), incorporando os gestos e trejeitos do cantor-líder (a produção contratou uma “treinadora de movimentos”, Polly Bennett, que passou horas ensinando os trejeitos de Freddie)). O filme também ganhou os prêmios Oscar de Melhor Edição, Melhor Mixagem de Som e Melhor Edição de Som.

Fundada em 1970, o grupo era formado por Brian May (guitarra e vocais), Freddie Mercury (vocais e piano), John Deacon (baixo) e Roger Taylor (bateria e vocais); sua música é conhecida por ser altamente eclética, variando entre várias vertentes do rock (inclusive com ópera); e foi notória por ter feito, cinematograficamente, a música de Flash Gordon (Flash Gordon, 1980), de Mike Hodges, com Sam J. Jones, Melody Anderson, Max von Sydow, e produção de Dino De Laurentiis; e a excelente trilha sonora do filme Highlander: O Guerreiro Imortal (Highlander, 1986), de Russell Mulcahy, com Christopher Lambert, Sean Connery, Clancy Brown.

Conta, sem medo de polêmicas, os sucessos, as extravagâncias, traições, egocentrismos, conflitos internos, as dificuldades com a imprensa, vaidades, hedonismo (a vida baseada no prazer) e decepções (que envolvem desde o começo da carreira de Freddie Mercury, trabalhando no aeroporto; seus dentes proeminentes; a vergonha de sua origem (Farrokh Bulsara era seu nome real); seus gatos; seus amantes e sua bissexualidade (teve um duradouro relacionamento com a vendedora de roupas Mary Austin (Lucy Boynton); no final, com Jim Hutton (Aaron McCusker)); os excessos); até sua morte pela AIDS em 1991.

Apesar das brigas, foi consolidado o legado da banda que sempre foi mais como uma família, e que continua a inspirar rebeldes, sonhadores e amantes do rock’n’roll.

Bohemian Rhapsody – Rapisódia Boêmia (Rapisódia: parte de um Poema Épico (na música: variações de temas (balada, ópera, rock’n’roll)); Boêmia: artistas que desafiam o comportamento da sociedade).

A obra transmite a energia do grupo (as músicas são ótimas), muito bem dirigido, bem editado (apenas se alonga um pouco no último show, o concerto de rock Live Aid, de 1985, com o objetivo de arrecadar fundos em prol dos famintos da Etiópia), bem produzido (estimados $52,000,000 milhões de dólares), muito bem interpretado, ótima Direção de Arte (maquiagem, cenários e figurinos), tudo muito bem realizado.

Obrigatório para os fãs do Queen e de Freddie Mercury: ótima cinebiografia.

Recomendo também as ótimas cinebiografias musicais:

Ray (Ray, 2004), de Taylor Hackford, com Jamie Foxx, Regina King, Kerry Washington.

The Doors (The Doors, 1991), de Oliver Stone, com Val Kilmer, Meg Ryan, Kyle MacLachlan.

Johnny & June (Walk the Line, 2005), de James Mangold, com Joaquin Phoenix, Reese Witherspoon, Ginnifer Goodwin.

Recomendo também as cinebiografias brasileiras:

2 Filhos de Francisco: A História de Zezé di Camargo & Luciano (2005), de Breno Silveira, com Ângelo Antônio, Dira Paes, Márcio Kieling.

Tim Maia (2014), de Mauro Lima, com Babu Santana, Robson Nunes, Alinne Moraes.

Gonzaga: De Pai pra Filho (2012), de Breno Silveira, com Adélio Lima, Chambinho do Acordeon, Land Vieira.

Somos Tão Jovens (2013), de Antonio Carlos da Fontoura, com Thiago Mendonça, Laila Zaid, Bruno Torres.

Elis (2016), de Hugo Prata, com Andréia Horta, Gustavo Machado, Caco Ciocler.

Cazuza: O Tempo Não Pára (2004), de Walter Carvalho, Sandra Werneck, com Daniel de Oliveira, Marieta Severo, Reginaldo Faria.

Divirta-se!

Fontes: IMDb, GK Films, New Regency Pictures, Queen Films Ltd., Regency Enterprises, Tribeca Productions, Twentieth Century Fox, 20th Century Fox.