Críticas │ Dumbo (2019)

Dumbo (2019) Dumbo

EUA, 2019. 1h 52min. Classificação Indicativa: 10 anos. Direção: Tim Burton. Roteiro: Ehren Kruger (baseado na obra de Helen Aberson, Harold Pearl). Elenco: Colin Farrell (Holt Farrier), Eva Green (Colette Marchant), Michael Keaton (V. A. Vandevere), Danny DeVito (Max Medici), Alan Arkin (J. Griffin Remington), Deobia Oparei (Rongo), Sharon Rooney (Miss Atlantis), Roshan Seth (Pramesh Singh), Lucy DeVito (Coat Check Girl), Joseph Gatt (Neils Skellig), Lars Eidinger (Hans Brugelbecker), Sandy Martin (Verna The Secretary), Michael Buffer (Baritone Bates), Bern Collaço (Joplin Audience Member), Jo Osmond (Circus Cook).

Versão live-action (termo utilizado para definir trabalhos que são realizados por atores reais, ao contrário das animações), de um dos grandes sucessos dos Estúdios Disney (era o preferido de Walt Disney), o desenho animado Dumbo (1941).

Faz parte das adaptações feitas pelo estúdio do grande acervo de desenhos animados e filmes infantis, após o enorme sucesso de Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland, 2010), do mesmo diretor deste Dumbo (2019), Tim Burton, com seu ator preferido, Johnny Depp (o filme custou $200 milhões e rendeu, no mundo todo, $1,025,467,110 milhões de dólares, sendo uma das maiores bilheterias da História do Cinema).

Várias animações também foram transcritas para o teatro, fazendo muito sucesso na Broadway. No cinema, os clássicos que foram adaptados são:

{Um dos pioneiros foi 101 Dálmatas (101 Dalmatians, 1996) [adaptação do desenho animado 101 Dálmatas (One Hundred and One Dalmatians, 1961)]};

Desta nova safra temos:

Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland, 2010) [adaptação do desenho animado Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland, 1951)], a continuação é Alice Através do Espelho (Alice Through the Looking Glass, 2016);

Oz: Mágico e Poderoso (Oz the Great and Powerful, 2013) [prólogo do filme O Mágico de Oz (The Wizard of Oz, 1939)];

Malévola (Maleficent, 2014) [adaptação do desenho animado A Bela Adormecida (Sleeping Beauty, 1959)], a continuação é Malévola: A Mestra do Mal (Maleficent: Mistress of Evil, 2019);

Cinderela (Cinderella, 2015) [adaptação do desenho animado Cinderela (Cinderella, 1950)];

Mogli, o Menino Lobo (The Jungle Book, 2016), [adaptação do desenho animado Mogli, o Menino Lobo (The Jungle Book, 1967)];

Meu Amigo, O Dragão (Pete’s Dragon, 2016) [adaptação do filme Meu Amigo, O Dragão (Pete’s Dragon, 1977)];

A Bela e a Fera (Beauty and the Beast, 2017) [adaptação do desenho animado A Bela e a Fera (Beauty and the Beast, 1991)];

Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível (Christopher Robin, 2018) [baseado no desenho animado As Aventuras do Ursinho Puff (The Many Adventures of Winnie the Pooh, 1977)];

O Quebra-Nozes e os Quatro Reinos (The Nutcracker and the Four Realms, 2018) [inspirado no segmento Nutcracker Suite de Fantasia (Fantasia, 1940)];

O Retorno de Mary Poppins (Mary Poppins Returns, 2018) [continuação de Mary Poppins (Mary Poppins, 1964)];

Dumbo (Dumbo, 2019) [adaptação do desenho animado Dumbo (1941)];

Aladdin (Aladdin, 2019) [adaptação do desenho animado Aladdin (1992)];

O Rei Leão (The Lion King, 2019) [adaptação do desenho animado O Rei Leão (The Lion King, 1994)];

Mulan (2020) [adaptação do desenho animado Mulan (1998)].

Apesar das diferenças do desenho animado (os animais não falam, o elefantinho não verbaliza; a ausência de Timóteo, o ratinho amigo), a premissa básica é a mesma.

Conta a história do bebê elefante Jumbo (posteriormente, transforma-se em Dumbo, para não ficar triste), que é separado da mãe e possui enormes orelhas que o fazem voar.

No circo, ele é ajudado por duas crianças, a menina Milly Farrier (Nico Parker) e o irmão mais novo Joe Farrier (Finley Hobbins), e seu pai, Holt Farrier (Colin Farrell), um cavaleiro que perdeu o braço na Primeira Guerra.

Como o circo passa por dificuldades financeiras (ele é administrado por Max Medici (Danny DeVito)), é comprado pelo capitalista selvagem V. A. Vandevere (Michael Keaton), o verdadeiro vilão do filme.

A partir daí, temos a tentativa de reencontro do bebê Dumbo com a mãe, a senhora Jumbo (os efeitos especiais dos elefantes são muito bons).

Várias sequências são dignas de destaque: o nascimento de Dumbo; o salvamento do prédio em chamas no circo; o primeiro ensaio com Colette Marchant (Eva Green); as performances com as bolhas de sabão gigantes; a fuga no final do filme.

O diretor Tim Burton também aborda temas muito importantes como: a mensagem de aceitação e autoconfiança; bullying e intolerância com quem é diferente; superação e força; a dor de famílias separadas (tanto o elefantinho como as crianças perderam a mãe); crítica social do homem explorando o homem, etc.

O filme também é politicamente correto (característica marcante nas obras da Disney): o mocinho termina com a mocinha e os filhos; a mensagem de que é errado os circos terem e, consequentemente, maltratarem os animais; o reencontro de mãe e filho com os outros elefantes (dizem que os elefantes não esquecem); o vilão que é punido no final.

Tim Burton comove o espectador, não só com um personagem de grandes orelhas, mas com um elefantinho de grande coração (fato este que deveria ser a característica de todo ser humano).

Bravo!

Divirta-se!

Fontes: IMDb, Walt Disney Studios Motion Pictures, Walt Disney Pictures, Walt Disney Studios, Walt Disney Studios BR, Tim Burton Productions, Infinite Detective, Secret Machine Entertainment, MPC.