Críticas │ Han Solo: Uma História Star Wars (2018)

Han Solo: Uma História Star Wars (2018) – Solo: A Star Wars Story

EUA, 2018. 2h15min. Classificação Indicativa: 13 anos. Direção: Ron Howard. Roteiro: Jonathan Kasdan, Lawrence Kasdan (personagens criados por George Lucas). Elenco: Alden Ehrenreich (Han Solo), Emilia Clarke (Qi’ra), Woody Harrelson (Beckett), Paul Bettany (Dryden Vos), Donald Glover (Lando Calrissian), Thandie Newton (Val), Joonas Suotamo (Chewbacca), Phoebe Waller-Bridge (L3-37), Jon Favreau (voz de Rio Durant), Linda Hunt (voz de Lady Proxima).

Mais um ótimo exemplar da saga Star Wars (aqui no Brasil, a trilogia clássica (Guerra nas Estrelas, 1977; O Império Contra-Ataca, 1980; e O Retorno de Jedi, 1983), era conhecida como saga Guerra nas Estrelas).

É o segundo dos spin-off (filmes derivativos), depois que a The Walt Disney Company comprou a Lucasfilm, em 2012, por 4 bilhões de dólares (o primeiro derivativo foi o imenso sucesso Rogue One: Uma História Star Wars (Rogue One, 2016), que teve um orçamento de $200 milhões e rendeu, mundialmente, $1,056,057,273; além da Disney também ter produzido as continuações oficiais da saga: Star Wars: O Despertar da Força (Star Wars: Episode VII – The Force Awakens, 2015); e Star Wars: Os Últimos Jedi (Star Wars: Episode VIII – The Last Jedi, 2017)).

Na realidade, depois da trilogia clássica, George Lucas produziu, para a TV, dois derivativos com os personagens apresentados em O Retorno de Jedi (Star Wars: Episode VI – Return of the Jedi, 1983): os Ewoks (Caravana da Coragem (Caravan of Courage: An Ewok Adventure, 1984), de John Korty, com Eric Walker, Aubree Miller, Warwick Davis (Wicket); e A Batalha de Endor (Ewoks: The Battle for Endor, 1985), de Jim Wheat, Ken Wheat, com Wilford Brimley, Aubree Miller, Warwick Davis (Wicket)).

O novo spin-off da saga explora as origens de Han Solo (eternizado nas telas por Harrison Ford; que também imortalizou outro icônico personagem do cinema: Indiana Jones), e o contexto exato em que ocorre o encontro entre Han (Alden Ehrenreich), Chewbacca (Joonas Suotamo, substituindo Peter Mayhew, no original), e o também jovem Lando Calrissian (Donald Glover, papel que era de Billy Dee Williams), em uma espécie de space western.

Mostra a história do jovem Han (Alden Ehrenreich) saindo das ruas (o filme tenta mostrar como as pessoas que vivem à margem do Império sobrevivem na galáxia), onde estava acostumado a viver aplicando golpes, desde os 10 anos de idade, sendo expulso da academia (sempre com suas tradicionais tiradas sarcásticas, explorando o ego inflado do personagem, e sua malandragem na hora de resolver problemas), se tornando recruta do Império, despertando para sua verdadeira vocação: pirata contrabandista espacial, que almeja ser o melhor motorista e piloto da galáxia.

Alden Ehrenreich se sai suficientemente bem como um jovem Han Solo, personificando um dos ícones do cinema moderno: o ator opta pela simplicidade e sutileza, aplicando ao máximo o que pode de charme, estilo despojado, reforçando o aspecto imaturo e ingênuo do protagonista (Woody Harrelson faz papel do mentor de Solo, Beckett).

O filme começa em plena ação com cenas muito bem realizadas, e não pára nunca: a perseguição no início e a tentativa de fuga de Han Solo (Alden Ehrenreich) e Qi’ra (Emilia Clarke), do sombrio planeta Corellia; o curioso surgimento do nome Han Solo; a guerra nas trincheiras lamacentas; o primeiro encontro de Han com Chewbacca (Joonas Suotamo); a tentativa de assalto ao trem retrô-futurista, com o grupo do fora da lei, Tobias Beckett (Woody Harrelson); o sacrifício de Val (Thandie Newton), o jogo de cartas com o contrabandista Lando Calrissian (Donald Glover), para tentar ganhar a nave Millennium Falcon; a rebelião dos droides liderada pela androide feminista e empoderada, L3-37 (Phoebe Waller-Bridge) na caverna, quando tentam roubar cilindros de um combustível explosivo; a fuga com a Millennium Falcon pela nuvem cósmica, demonstrando que Han é um ótimo piloto; a briga de Han Solo, Qi’ra, com o vilão Dryden Vos (Paul Bettany); a aparição repentina de um personagem maligno muito querido pelos fãs de Star Wars: Episódio I – A Ameaça Fantasma (Star Wars: Episode I – The Phantom Menace, 1999); o duelo entre Han e Beckett; as traições, reviravoltas e surpresas finais.

O veterano premiado diretor Ron Howard é um cineasta de muitas produções de qualidade, especialmente na década de 1980, quando realizou obras do “cinema fantástico”, que são lembradas pelos fãs com carinho até hoje, como por exemplo: Splash – Uma Sereia em Minha Vida (Splash, 1984), com Tom Hanks, Daryl Hannah; Cocoon (Cocoon, 1985), com Don Ameche, Jessica Tandy, Barret Oliver; Willow – Na Terra da Magia (Willow, 1988), com Val Kilmer, Joanne Whalley, Warwick Davis.

O roteirista é o talentoso Lawrence Kasdan (já tradicional na saga Star Wars; aqui, divide os créditos com o filho, Jonathan Kasdan), que, simplesmente, escreveu o melhor filme da década de 1980: Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida (Indiana Jones and the Raiders of the Lost Ark, 1981), de Steven Spielberg, também com Harrison Ford, além de Karen Allen, Paul Freeman; e dirigiu um dos melhores faroestes do período: Silverado (Silverado, 1985), com Kevin Kline, Scott Glenn, Kevin Costner, Danny Glover, Brian Dennehy.

Todo o elenco é carismático (muita referência se remete ao O Império Contra-Ataca (Star Wars: Episode V – The Empire Strikes Back, 1980)), e todos funcionam com perfeição (em especial Emilia Clarke, a Daenerys Targaryen da extraordinária Série de TV, Game of Thrones (2011-   ), com boa presença cênica na tela).

Bom roteiro, bom elenco, boa direção, boa fotografia, boa edição, bons efeitos especiais, parte técnica impecável: ótima diversão!

Recomendo a hexalogia original (especialmente a primeira trilogia clássica), e os novos filmes da franquia. Procure assistir em ordem cronológica de lançamento nos cinemas, pois possuem surpresas que se perdem caso o espectador assista na ordem dos episódios:

Guerra nas Estrelas (Star Wars: Episode IV – A New Hope, 1977), de George Lucas, com Mark Hamill, Harrison Ford, Carrie Fisher, James Earl Jones (voz de Darth Vader).

O Império Contra-Ataca (Star Wars: Episode V – The Empire Strikes Back, 1980), de Irvin Kershner, Mark Hamill, Harrison Ford, Carrie Fisher, Billy Dee Williams, James Earl Jones (voz de Darth Vader).

O Retorno de Jedi (Star Wars: Episode VI – Return of the Jedi, 1983), de Richard Marquand, com Mark Hamill, Harrison Ford, Carrie Fisher, Ian McDiarmid, James Earl Jones (voz de Darth Vader).

Star Wars: Episódio I – A Ameaça Fantasma (Star Wars: Episode I – The Phantom Menace, 1999), de George Lucas, com Liam Neeson, Ewan McGregor, Natalie Portman, Jake Lloyd, Ian McDiarmid.

Star Wars: Episódio II – Ataque dos Clones (Star Wars: Episode II – Attack of the Clones, 2002), de George Lucas, com Hayden Christensen, Ewan McGregor, Natalie Portman, Christopher Lee, Samuel L. Jackson, Ian McDiarmid.

Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith (Star Wars: Episode III – Revenge of the Sith, 2005), de George Lucas, com Hayden Christensen, Ewan McGregor, Natalie Portman, Ian McDiarmid, Samuel L. Jackson, James Earl Jones (voz de Darth Vader).

Star Wars: O Despertar da Força (Star Wars: Episode VII – The Force Awakens, 2015), de J.J. Abrams, com Daisy Ridley, John Boyega, Oscar Isaac, Harrison Ford, Mark Hamill, Carrie Fisher, Adam Driver.

Star Wars: Os Últimos Jedi (Star Wars: Episode VIII – The Last Jedi, 2017), de Rian Johnson, com Daisy Ridley, Adam Driver, Mark Hamill, Oscar Isaac, John Boyega, Domhnall Gleeson, Andy Serkis (Snoke).

Star Wars: A Ascensão Skywalker (Star Wars: Episode IX – The Rise of Skywalker, 2019), de J.J. Abrams, com Daisy Ridley, Adam Driver, Oscar Isaac, John Boyega.

Para quem gosta de spin-off (filmes derivativos), existem bons e ótimos exemplos:

[Apenas como curiosidade: depois do sucesso do primeiro Guerra nas Estrelas (Star Wars, 1977), a Lucasfilm produziu um bizarríssimo Especial para a TV, O Especial de Natal de Star Wars (The Star Wars Holiday Special (1978), de Steve Binder, com Harrison Ford, Carrie Fisher, Mark Hamill, James Earl Jones (voz de Darth Vader), Peter Mayhew (Chewbacca))].

E, após o sucesso de O Retorno de Jedi (Star Wars: Episode VI – Return of the Jedi, 1983), os Ewoks (uma espécie de ursinhos fofinhos), ganharam dois longas-metragens infantojuvenis (ideais para as crianças):

Caravana da Coragem (Caravan of Courage: An Ewok Adventure, 1984), de John Korty, com Eric Walker, Aubree Miller, Warwick Davis (Wicket).

A Batalha de Endor (Ewoks: The Battle for Endor, 1985), de Jim Wheat, Ken Wheat, com Wilford Brimley, Aubree Miller, Warwick Davis (Wicket).

E, depois do sucesso (de bilheteria) da segunda trilogia, e da compra da Lucasfilm pela Walt Disney Company, em 2012; novos spin-off (filmes derivativos), estão fazendo sucesso, dentro do universo da saga Star Wars:

Rogue One: Uma História Star Wars (Rogue One, 2016), de Gareth Edwards, com Felicity Jones, Diego Luna, Alan Tudyk.

Han Solo: Uma História Star Wars (Solo: A Star Wars Story, 2018), de Ron Howard, com Alden Ehrenreich, Emilia Clarke, Donald Glover, Woody Harrelson, Paul Bettany, Thandie Newton.

Divirta-se!

Fontes: IMDb, Lucasfilm, Walt Disney Pictures, Allison Shearmur Productions, Imagine Entertainment, Star Wars Brasil.

Veja também:

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