Críticas │ WiFi Ralph: Quebrando a Internet (2018)

WiFi Ralph: Quebrando a Internet (2018)Ralph Breaks the Internet

EUA, 2018. 1h51min. Classificação Indicativa: Livre. Direção: Phil Johnston, Rich Moore. Roteiro: Phil Johnston, Pamela Ribon; (história de) Rich Moore, Phil Johnston, Jim Reardon, Pamela Ribon, Josie Trinidad; (material adicional da história por) Kelly Younger. Elenco: John C. Reilly (voz de Ralph), Sarah Silverman (voz de Vanellope), Gal Gadot (voz de Shank), Taraji P. Henson (voz de Yesss), Jack McBrayer (voz de Felix), Jane Lynch (voz de Calhoun), Alan Tudyk (voz de KnowsMore), Alfred Molina (voz de Double Dan), Ed O’Neill (voz de Mr. Litwak), Sean Giambrone (voz de The Eboy), Flula Borg (voz de Maybe), Timothy Simons (voz de Butcher Boy), Ali Wong (voz de Felony), Hamish Blake (voz de Pyro), GloZell Green (voz de Little Debbie).

Ótima continuação da excelente animação Detona Ralph (Wreck-It Ralph, 2012). O filme original custou $165 milhões e rendeu, no mundo todo, $471,222,889.

E, por um bom motivo esta sequência é divertida: o roteiro é excelente, realmente muito inteligente.

Vanellope está cansada da rotina de viver sempre as mesmas rotas do jogo da Corrida dos Doces.

Então, seu amigo Ralph decide abrir um atalho para deixar o jogo mais diferente e emocionante.

Mas, a garota que está jogando o fliperama quebra a direção/guidão/volante do brinquedo e o dono da loja de máquinas de jogos decide acabar definitivamente com o jogo na qual Vanellope participa.

Para resolver este problema, encontrar e comprar uma nova direção/guidão/volante para o jogo de fliperama, Vanellope e Ralph entram no mundo da internet.

Primeiramente, eles, através de um buscador de palavras, tentam encontrar a direção/guidão/volante do jogo.

Como eles não tem dinheiro, resolvem fazer vídeos e memes (imagens engraçadas) para que os mesmos viralizem e consigam as visualizações necessárias para angariarem os recursos financeiros.

Neste meio tempo, Vanellope se encanta com a Corrida do Caos, um movimentado, criativo e perigoso game, em contraponto a mesmice da Corrida dos Doces, onde tudo era igual.

Então, Ralph decide lançar um vírus (conseguido na Deep web (web obscura)) para infectar o jogo da Corrida do Caos e trazer novamente sua amiga para o jogo original do fliperama.

Assim, ele acaba quase infectando toda a internet.

O filme acaba fazendo uma demonstração quase que didática do funcionamento da internet e suas referências (especialmente do conglomerado Disney/Pixar/Marvel/LucasFilm e de ferramentas como buscadores, leilões online, spams, pop-ups, vídeos, memes, sites, aplicativos, entre outros) às redes sociais, ao universo online e à cultura pop.

Várias sequências são bastante divertidas: a dupla central no bar; a entrada de Ralph e Vanellope no cabo de conexão; o primeiro contato com o mundo da internet; a perseguição de carros na Corrida do Caos; a canção de Vanellope influenciada pelas princesas da Disney; a decepção de Ralph com os comentários; o combate contra o monstruoso vírus formado por vários Ralphs; o trailer que aparece no final do filme (de como alimentar o gatinho e o coelhinho).

O tema abordado na animação também é muito importante: o respeito à liberdade dos amigos (e não controla-los). Não é porque Ralph e Vanellope são amigos que um não deve respeitar egoisticamente os desejos, vontades e atitudes do outro.

Mas, sim, por serem amigos, que devem ser felizes com a felicidade e autenticidade de como o outro é.

As personagens femininas são empoderadas: Shank (voz de Gal Gadot) acaba se tornando uma espécie de professora para Vanellope, e as princesas não precisam ser mais salvas.

O design dos personagens continua excepcional, especialmente a dupla central, que é um show de carisma (além de tecnicamente a animação ser muito bem feita: custou $175 milhões e rendeu, no mundo todo, $507,033,972).

Diversão garantida para crianças, jovens e adultos.

Se você gosta do tema “Amizade”, recomendo também os ótimos desenhos da Pixar: a cinessérie de animação “Toy Story”.

Toy Story (Toy Story, 1995), de John Lasseter, com Tom Hanks, Tim Allen, Don Rickles.

Toy Story 2 (Toy Story 2, 1999), de John Lasseter, Ash Brannon (codiretor), Lee Unkrich (codiretor), com Tom Hanks, Tim Allen, Joan Cusack.

Toy Story 3 (Toy Story 3, 2010), de Lee Unkrich, com Tom Hanks, Tim Allen, Joan Cusack.

Toy Story 4 (Toy Story 4, 2019), de Josh Cooley, com Tom Hanks, Keanu Reeves, Jordan Peele.

Divirta-se!

Fontes: IMDb, Box Office Mojo, Walt Disney Animation Studios, Walt Disney Studios Motion Pictures, Walt Disney Pictures, Walt Disney Studios BR.