Críticas │ Minha Vida em Marte (2018)

Minha Vida em Marte (2018)

BRA, 2018. 1h50min. Classificação Indicativa: 12 anos. Direção: Susana Garcia. Roteiro: Emanuel Aragão, Susana Garcia, Paulo Gustavo, Julia Lordello, Mônica Martelli; (baseado na obra de) Mônica Martelli. Elenco: Mônica Martelli (Fernanda Garcia), Paulo Gustavo (Aníbal), Marcos Palmeira (Tom Rodrigues), Marianna Santos (Joana), Lucas Capri (Theo), Anitta (Anitta), Ricardo Pereira (Bruno), Fiorella Mattheis (Carol), Heitor Martinez (Ruy (swing)), Ivone Hoffman (D. Beatriz), Guida Vianna (D. Violeta (sex shop)), Eduardo Pelizzari (Prof. Rodrigo (hidroginástica)), Laura Prado (Noiva).

Baseado na peça de teatro homônima, Fernanda (Mônica Martelli) e Aníbal (Paulo Gustavo) trabalham juntos como sócios na promoção de eventos (casamentos, velórios).

Mas, depois de 8 anos casada com Tom (Marcos Palmeira), Fernanda vive uma crise em seu casamento.

Como o relacionamento envolve uma filha de 5 anos, ela encontra-se na difícil decisão de romper ou salvar seu casamento. Para isso, ela conta com seu inseparável amigo e confidente Aníbal, que a ajuda nos momentos mais difíceis, sempre com bom humor, tiradas e deboches divertidos do cotidiano.

Para isso, eles vão à um praia paradisíaca em Angra; e fazer compras na Times Square de Nova York.

Sucesso de bilheteria do Cinema Brasileiro, o filme comprova a ótima química entre os atores Mônica Martelli e Paulo Gustavo; e demonstra que o publico gosta e prestigia a Comédia Nacional.

O primeiro filme da franquia “Marte”, Os Homens São de Marte… E é pra Lá que Eu Vou! (2014), chegou a alcançar 1.756.232 milhão de espectadores no Brasil. Mas, Minha Vida em Marte (2018), levou 5.001.725 milhões de pessoas aos cinemas e se tornou 15ª bilheteria para uma produção nacional na História do Cinema.

Dirigido por Susana Garcia (irmã de Mônica Martelli), mostra a figura da mulher como o sexo forte e defende o empoderamento feminino, especialmente na cena do divórcio (mas, não aprofunda muita coisa no tema ‘o dilema da mulher contemporânea acima dos 40 anos’).

Apesar disso, como seu antecessor (e uma deficiência geral em toda comédia nacional), pouca coisa funciona: como a cena do casamento; a cena do velório; o presente que é um porquinho; a boate de swing; os objetos fálicos no sex shop; a cena na praia; a viagem para Nova York; o pedido do cheeseburger; o show da cantora Anitta; o aniversário com o anão; o flashback da vida do casal; o final com a dupla de protagonistas no mar.

As situações são muito fracas; visualmente, o filme é pobre em linguagem (especialmente direção e edição); e as piadas verborrágicas e sem graça.

Talvez, em outras plataformas audiovisuais, como a televisão ou internet (ou mesmo no teatro), a obra funcione melhor. Faltou sensibilidade e elaborado trabalho de lirismo visual. Não tem a “magia” do cinema.

O filme, cinematograficamente, é assustadoramente ruim e constrangedor. Ainda bem que os expectadores gostaram.

Para quem gosta de filmes de relacionamento, recomendo os sucessos do Cinema Nacional, bem mais divertidos: Se Eu Fosse Você (2006) e Se Eu Fosse Você 2 (2009), ambos de Daniel Filho, com Tony Ramos e Glória Pires.

Divirta-se!

Fontes: IMDb, A Fabrica, Capri Produções, Downtown Filmes, GNT, Globo Filmes, Rede Telecine, Paris Filmes, Paris Video Filmes.