Críticas │ Deadpool 2 (2018)

Deadpool 2 (2018) Deadpool 2

EUA, 2018. 1h59min. Classificação Indicativa: 18 anos. Direção: David Leitch. Roteiro: Rhett Reese, Paul Wernick, Ryan Reynolds (baseado nos personagens da Marvel Comics criados por Rob Liefeld, Fabian Nicieza). Elenco: Ryan Reynolds (Wade/Deadpool), Josh Brolin (Nathan Summers/Cable), Julian Dennison (Russell), Morena Baccarin (Vanessa), Zazie Beetz (Dominó), Karan Soni (Dopinder), Brianna Hildebrand (Negasonic Teenage Warhead/Adolescente Míssil), Shioli Kutsuna (Yukio), Leslie Uggams (Blind Al), Terry Crews (Bedlam), Stefan Kapicic (a voz de Colossus), participação especial de Brad Pitt (como o invisível Vanisher).

Mais uma obra-prima com os personagens da Marvel (aqui, a produção é da Twentieth Century Fox, em associação com a Marvel Entertainment; mas, todas pertencem a The Walt Disney Company).

O primeiro Deadpool (Deadpool, 2016), foi um dos filmes mais divertidos do ano. E, por uma boa razão: era uma autoparódia brilhante (esforço pessoal do ator Ryan Reynolds). Custou modestos $58 milhões e rendeu, mundialmente, impressionantes $783,112,979 milhões.

O personagem já havia aparecido em X-Men Origens: Wolverine (X-Men Origins: Wolverine, 2009), mas sem suas características fundamentais: o próprio nome tradicional Deadpool, constantemente utilizado; a aparência desfigurada de um queimado por todo o corpo; o traje original; o fator de cura, que impede o avanço do câncer impregnado em seu organismo; o humor extremamente ácido e debochado: piadas com vilões e colegas de equipe; referências satíricas culturais; capacidade de lutar artes marciais e destruição generalizada; é desprovido do altruísmo típico do gênero; deméritos morais; linguagem chula (palavrões), metalinguagem; e, ocasionalmente, a quebra da “quarta parede”, se comunicando diretamente com o espectador; apelidado de “Mercenário Tagarela”.

Este segundo exemplar da cinessérie é ainda melhor. E, por um bom motivo: além de manter-se fiel às características do personagem, como no primeiro filme, o roteiro é excepcional!

Deadpool forma uma equipe de mutantes chamada X-Force para impedir que o jovem mutante gordinho Russell (Julian Dennison), seja morto pelo soldado viajante no tempo, Cable (um personagem com personalidade forte; outra interpretação madura de Josh Brolin (que fez a poderosa voz de Thanos em Vingadores: Guerra Infinita (Avengers: Infinity War, 2018))).

Dramaticamente também, o filme funciona com perfeição, pois trata da questão da perda (tanto do protagonista, quanto do antagonista). Vanessa, a amada de Deadpool (estão tentando ter um filho(a)), é o papel desempenhado pela brasileira Morena Baccarin.

Já começa muito divertido fazendo referências a Logan (Logan, 2017); explodindo seu apartamento; matando vários tipos de bandidos pelo mundo todo.

Depois, faz uma gozação com aberturas de franquia James Bond – 007.

E, não pára mais com ótimas cenas: as brincadeiras com os X-Men, na mansão do professor Charles Xavier; a invasão de Cable na prisão; o ataque ao comboio com os X-Force; a engraçadíssima cena da regeneração das pernas do protagonista (ótima referência à famosa cruzada de pernas de Sharon Stone em Instinto Selvagem (Basic Instinct, 1992)); a batalha no orfanato envolvendo todos os super-heróis (Deadpool, Cable, Dominó, Dopinder, a Adolescente Míssil, Yukio, o russo Colossus, Fanático, Russell); as reviravoltas para a conclusão; e as piadas finais (especialmente envolvendo os personagens Wolverine e Arma XI, de X-Men Origens: Wolverine (X-Men Origins: Wolverine, 2009); e Lanterna Verde, que fracassou em Lanterna Verde (Green Lantern, 2011)).

A excelente trilha sonora é repleta de clássicos dos anos 1980, com direito a músicas do Air Suply, A-ha, Cher, Dolly Parton, Peter Gabriel. Além do filme ter um grande impacto visual, é também um extraordinário deleite auditivo; uma obra de altíssimo nível em termos de imagem e som.

Tecnicamente, muito bem realizado: boa edição, bom efeitos visuais, boa maquiagem, direção competente (este segundo exemplar já teve um orçamento de $110 milhões).

Realmente, é uma safra extraordinária para os filmes de super-heróis e para as adaptações para o Cinema das HQs – História em Quadrinhos.

Mais violento, mais engraçado, mais ousado, mais atrevido e muito mais divertido. Não perca!

Se você gosta de filmes de super-heróis, recomendo todas as obras do universo dos X-Men:

Deadpool (Deadpool, 2016), de Tim Miller, com Ryan Reynolds, Morena Baccarin, T.J. Miller.

X-Men: O Filme (X-Men, 2000), de Bryan Singer, com Patrick Stewart, Hugh Jackman, Ian McKellen.

X-Men 2 (X2, 2003), de Bryan Singer, com Patrick Stewart, Hugh Jackman, Halle Berry.

X-Men: O Confronto Final (X-Men: The Last Stand, 2006), de Brett Ratner, com Patrick Stewart, Hugh Jackman, Halle Berry, Ian McKellen.

X-Men: Primeira Classe (X: First Class, 2011), de Matthew Vaughn, com James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence.

X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (X-Men: Days of Future Past, 2014), de Bryan Singer, com Patrick Stewart, Ian McKellen, Hugh Jackman, James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence.

X-Men: Apocalipse (X-Men: Apocalypse, 2016), de Bryan Singer, com James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence, Oscar Isaac.

Para quem gosta de spin-off (filmes derivativos), temos também bons exemplos:

X-Men Origens: Wolverine (X-Men Origins: Wolverine, 2009), de Gavin Hood, com Hugh Jackman, Liev Schreiber, Ryan Reynolds, Danny Huston.

Wolverine: Imortal (The Wolverine, 2013), de James Mangold, com Hugh Jackman, Will Yun Lee, Tao Okamoto.

Logan (Logan, 2017), de James Mangold, com Hugh Jackman, Patrick Stewart, Dafne Keen, Boyd Holbrook.

X-Men: Fênix Negra (X-Men: Dark Phoenix, 2019), de Simon Kinberg, com Sophie Turner, Jessica Chastain, Jennifer Lawrence, James McAvoy, Michael Fassbender, Tye Sheridan.

Os Novos Mutantes (The New Mutants, 2019), de Josh Boone, com Anya Taylor-Joy, Antonio Banderas, Maisie Williams.

Divirta-se!

Fontes: IMDb, Donners’ Company, Kinberg Genre, Marvel Entertainment, Twentieth Century Fox, 20th Century Fox, Fox Film do Brasil.