Críticas │ Soul (2020)

Soul (2020) Soul

EUA, 2020. 1h40min. Classificação Indicativa: Livre. Direção: Pete Docter, Kemp Powers (codiretor). Roteiro: Pete Docter, Mike Jones, (escritor) Kemp Powers. Elenco: Jamie Foxx (voz de Joe Gardner), Tina Fey (voz de 22), Quest Love (voz de Curly), Phylicia Rashad (voz de Libba Gardner), Daveed Diggs (voz de Paul), Angela Bassett (voz de Dorothea Williams), John Ratzenberger.

As animações da Pixar sempre tocam em pontos muito humanos e sensíveis, produções que exploram emoções, questões existenciais, luto, perdas, realização profissional e relacionamentos, o sentido da vida: O que acontece quando uma pessoa morre? Todos possuem uma missão na vida? Como é formada a personalidade do indivíduo? Podemos voltar à Terra como seres humanos ou animais? Os seres possuem alma? Esses temas são abordados na nova animação da Pixar: Soul – Uma Aventura com Alma e servem para discussões, tanto para crianças como para adultos.

Originalmente planejado para ser lançando nos cinemas, foi lançado exclusivamente no Disney+ (serviço de assinatura de streaming de vídeo on-line) no dia do Natal de 2020, por causa da pandemia de COVID-19.

Conta a história de Joe Gardner, um professor de música do ensino médio que sonhava em ser um músico de jazz, e finalmente teve a chance depois de impressionar outros músicos durante um ensaio aberto no Half Note Club.

No entanto, um acidente faz com que sua alma seja separada de seu corpo e transportada para o ‘Antes da Vida’, um centro no qual as almas se desenvolvem e ganham paixões antes de serem transportadas para um recém-nascido.

Joe deve trabalhar com almas em treinamento, como 22, uma alma com uma visão obscura da vida depois de ficar presa por anos no ‘Antes da Vida’, a fim de retornar à Terra.

A aventura permeia Joe que segue firme em seu sonho de ser um músico de verdade e 22 se apaixona pelos detalhes de uma rotina em Nova York, atentando-se a sutilezas como ouvir um músico no metrô, comer um pedaço de pizza ou observar folhas seguindo o vento, ele no corpo de uma gato e 22 em seu corpo.

Em inglês, ‘Soul’ é tanto alma, quanto o gênero musical (Soul: gênero musical popular que se originou na comunidade afro-americana dos Estados Unidos nos anos 1950 e no início dos anos 1960 e combina elementos da música gospel, rhythm and blues e jazz).

A música, esplêndida, também te faz mergulhar na história em uma experiência sensorial e transformadora (além de ter vencido como Melhor Animação, também ganhou Melhor Trilha Sonora no Globo de Ouro 2021).

Soul nos faz pensar e refletir nos temas mais profundos que a humanidade já se perguntou. A vida e a morte, seus questionamentos ao longo da existência humana e seu sentido na vida. Como se apresenta no filme: não importa como a pessoa morre, mas, sim, como ela vive. E, deve-se viver plenamente a cada segundo.

Para quem gosta de filmes reflexivos da Pixar, recomendo:

Viva: A Vida é uma Festa (Coco, 2017), de Lee Unkrich, com as vozes de Anthony Gonzalez, Gael García Bernal, Benjamin Bratt.

O Bom Dinossauro (The Good Dinosaur, 2015), de Peter Sohn, com as vozes Jeffrey Wright, Frances McDormand, Maleah Nipay-Padilla.

Divertida Mente (Inside Out, 2015), de Pete Docter (mesmo diretor de Soul (2020)), com as vozes de Amy Poehler, Bill Hader, Lewis Black.

Divirta-se!

Fontes: IMDb, Walt Disney Pictures, Walt Disney Studios Motion Pictures, Walt Disney Studios BR, Pixar Animation Studios, A Pixar Animation Studios Film, Pixar.