Críticas │ Missão: Impossível – Efeito Fallout (2018)

Missão: Impossível – Efeito Fallout (2018)Mission: Impossible – Fallout

EUA, 2018. 2h27min. Classificação Indicativa: 14 anos. Direção: Christopher McQuarrie. Roteiro: Christopher McQuarrie (baseado na Série de TV criado por Bruce Geller). Elenco: Tom Cruise (Ethan Hunt), Henry Cavill (August Walker), Rebecca Ferguson (Ilsa Faust), Simon Pegg (Benji Dunn), Ving Rhames (Luther Stickell), Sean Harris (Solomon Lane), Vanessa Kirby (The White Widow), Frederick Schmidt (Zola), Alec Baldwin (Alan Hunley), Angela Bassett (Erica Sloan), Michelle Monaghan (Julia), Wes Bentley (Patrick).

Sexto filme da franquia de grande sucesso protagonizada por Tom Cruise (Top Gun: Ases Indomáveis (Top Gun, 1986)), baseada na série de televisão norte-americana Missão Impossível (Mission: Impossible, (1966-1973)); e refilmada no final da década de 1980 (Missão Impossível (Mission: Impossible, (1988-1990))).

De todos os atores de Filmes de Ação/Aventura oitentistas (dentre eles: Sylvester Stallone (Rambo II: A Missão (Rambo: First Blood Part II, 1985)); Mel Gibson (Máquina Mortífera (Lethal Weapon, 1987)); Arnold Schwarzenegger (Comando para Matar (Commando, 1985)); Bruce Willis (Duro de Matar (Die Hard, 1988)); Harrison Ford (Indiana Jones e o Templo da Perdição (Indiana Jones and the Temple of Doom, 1984)); Eddie Murphy (Um Tira da Pesada II (Beverly Hills Cop II, 1987)); Chuck Norris (Braddock: O Super Comando (Missing in Action, 1984)); Jean-Claude Van Damme (O Grande Dragão Branco (Bloodsport, 1988)); Steven Seagal (Nico, Acima da Lei (Above the Law, 1988)); etc.), um período conhecido como “Supremacia Norte-Americana”, Tom Cruise (1962-   ) foi o único astro que teve a carreira mais estável e constante, com filmes de ótima qualidade técnica, artística e boa bilheteria (especialmente com esta cinessérie “Missão: Impossível”).

A trama é complexa: após a captura de Solomon Lane (Sean Harris) pela IMF (Impossible Mission Force), no filme anterior, Missão: Impossível – Nação Secreta (Mission: Impossible – Rogue Nation, 2015), os membros remanescentes do grupo terrorista ‘Syndicate’ ficaram conhecidos como ‘The Apostles’. Ethan Hunt (Tom Cruise) recebe uma mensagem sobre um de seus membros chamado John Lark, para comprar 3 núcleos de plutônio de negociantes de armas do mercado negro em Berlim, Alemanha.

Ethan descobre que John Lark deve adquirir os núcleos de plutônio de uma mulher chamada “White Widow” (a bela Vanessa Kirby) em uma festa de gala em Paris, França. Ela dirige uma organização de caridade que, em segredo, lida com armas nucleares. O agente da CIA August Walker (Henry Cavill) acompanha Ethan em Paris para “ficar de olho nele” devido ele ter perdido os núcleos de plutônio em Berlim.

Ilsa Faust (Rebecca Ferguson), inesperadamente, aparece e mata Lark. Entretanto, Ethan é bem sucedido em ganhar a confiança da ‘viúva’, mas acontece que ela só tem 1 núcleo de plutônio e que, para os outros 2 núcleos, Solomon Lane deve ser entregue ao seu mensageiro (que trabalha para os ‘apóstolos’) em Londres, Inglaterra. A única maneira de fazer isso é sequestrar Lane de uma transferência da polícia que, desde que foi capturado, tem sido interrogado e entrevistado por muitos governos em todo o mundo.

Ilsa também acaba revelando que ela está sendo forçada a matar Solomon Lane pela inteligência britânica, devido a todos os segredos que ele tem sobre eles. Depois de uma longa série de eventos, Ethan Hunt consegue raptar Lane para aguardar a troca dele para o mensageiro da ‘viúva’ pelos 2 núcleos de plutônio, que serão utilizados como bombas.

Benji Dunn (Simon Pegg) descobre que a única maneira de desarmar as duas bombas é removendo a chave do detonador remoto, mas somente após a contagem regressiva de ambos os núcleos ter sido iniciada. Desarmar os 2 núcleos antes que a chave seja removida resultará na desativação dos núcleos.

O IMF (Impossible Mission Force) também percebe que, com base na localização dos 2 núcleos, ‘um traidor’ planeja acabar com todo o suprimento de água da China, Paquistão e Índia; e destinar 1/3 da população mundial a morrer de fome.

Todos os elementos tradicionais da série estão presentes: o cenário propositalmente falso armado para enganar um dos vilões; o truque do disfarce da máscara em um dos integrantes da equipe; a emblemática trilha sonora tema clássica do compositor Lalo Schifrin; a mensagem que se autodestrói em 5 segundos; etc.

Com suas 2 horas e 27 minutos de duração, também é o mais longo de toda a franquia, permitindo um melhor desenvolvimento de todos os personagens, com maior densidade, profundidade e dramaticidade, com características responsáveis, humanas, cheio de boas intenções; em um roteiro inteligente e muito bem estruturado, funcionando inclusive os alívios cômicos de Benji Dunn (Simon Pegg) e Luther Stickell (Ving Rhames; único ator a aparecer em todos os filmes da franquia (juntamente com Tom Cruise)); e a sempre afetuosa participação de Julia (Michelle Monaghan).

As sequências de ação são ótimas e muito realistas (o astro Tom Cruise faz a maioria das próprias cenas arriscadas sem a utilização de dublês: o ator principal chegou a fraturar o tornozelo ao pular do telhado de um prédio para outro), como por exemplo: a decisão de salvar ou não o amigo e membro da sua equipe, no início do filme; o perigoso salto de paraquedas; a excelente e muito bem realizada luta no banheiro; o ataque de facas no bar do restaurante da boate; o sequestro do vilão com tiroteios e reviravoltas; a perseguição de motocicleta sem capacete por Paris, até o Arco do Triunfo; a revelação do traidor; uma longa corrida pelos telhados de Londres; a sequência da perseguição de helicóptero (Cruise faz a maior parte da pilotagem); a briga entre Ilsa Faust (Rebecca Ferguson)/Benji Dunn (Simon Pegg) e o vilão Solomon Lane (Sean Harris); a tensão se as bombas de plutônio vão explodir ou não; o final no penhasco.

Tecnicamente, muito bem dirigido; excelente produção (estimada em $178,000,000 milhões de dólares; o filme já rendeu, no mundo inteiro, $510,975,936 ($183,796,323 só na bilheteria “doméstica” (nos EUA))); ótimos atores (todos funcionam com perfeição: na atuação, no carisma e na simpatia); bom roteiro. Enfim, diversão garantida!

Apenas como curiosidade: Uma cláusula estipulada no contrato do ator Henry Cavill proibia-o de raspar o bigode necessário para o papel de August Walker. Durante as gravações, os produtores receberam um telefonema do produtor de Liga da Justiça (Justice League, 2017), solicitando Cavill de volta para algumas refilmagens no papel de Superman.

Este acontecimento fez com que a produção do filme da DC Comics não tivesse outra alternativa senão (tentar) apagar o bigode de Henry Cavill com CGI (Computer Generated Imagery ou Imagens Geradas por Computador: o resultado ficou estranhamente pavoroso e gerou várias polêmicas na internet e inúmeros comentários nas redes sociais (incluindo uma ótima piada no Teaser III de Deadpool 2 (Deadpool 2, 2018)).

Para quem gosta de Filmes de Ação, recomendo os exemplares da cinessérie. Todos são obras de excelente qualidade:

Missão: Impossível (Mission: Impossible, 1996), de Brian De Palma; Missão: Impossível 2 (Mission: Impossible II, 2000), de John Woo; Missão: Impossível 3 (Mission: Impossible III, 2006), de J.J. Abrams; Missão: Impossível – Protocolo Fantasma (Mission: Impossible – Ghost Protocol, 2011), de Brad Bird; Missão: Impossível – Nação Secreta (Mission: Impossible – Rogue Nation, 2015), de Christopher McQuarrie; Missão: Impossível – Efeito Fallout (Mission: Impossible – Fallout, 2018), também de Christopher McQuarrie.

Divirta-se!

Fontes: IMDb, Bad Robot, Paramount Pictures, Skydance Media, TC Productions, Paramount Home Entertainment, Paramount Pictures International, Paramount Brasil.

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